Economia Comportamental e Tomada de Decisão

A economia comportamental revela como nossas decisões financeiras são influenciadas por emoções, hábitos e vieses cognitivos. Muitas vezes, gastamos por impulso, evitamos investimentos por medo ou seguimos a maioria sem analisar alternativas. Quer entender mais sobre o assunto? Então, continue lendo este artigo até o final!

O que é economia comportamental?

A economia comportamental estuda como fatores psicológicos e emocionais influenciam nossas escolhas financeiras. 

Ao contrário da teoria clássica, que presume que os indivíduos tomam decisões racionais para maximizar seus benefícios, a economia comportamental revela que tendemos a agir com base em emoções, vieses cognitivos e atalhos mentais.

O papel dos vieses cognitivos nas finanças

Os vieses cognitivos são atalhos mentais que utilizamos para simplificar decisões complexas. No entanto, muitas vezes eles nos levam a cometer erros que podem prejudicar nossas finanças. 

Sendo assim, conhecê-los pode te ajudar a evitar esses erros e cuidar melhor da sua vida financeira. Para isso, confira a seguir os principais:

Viés da confirmação

Muitas vezes, temos uma tendência a buscar informações que confirmam nossas crenças preexistentes e ignoramos dados contrários. 

No mundo dos investimentos, isso pode levar alguém a manter uma ação desvalorizada porque acredita que, eventualmente, ela se recuperará, mesmo sem fundamentos concretos.

Efeito de ancoragem

Geralmente, nos apegamos às primeiras informações que recebemos ao tomar uma decisão. 

Por exemplo, se um investidor souber que determinada ação valia R$ 50, ele pode considerar R$ 40 um bom preço, mesmo sem analisar se a empresa ainda tem bons fundamentos.

Excesso de confiança

Muitos investidores acreditam que possuem mais conhecimento do que realmente têm, levando-os a tomar decisões impulsivas sem embasamento sólido. 

Esse viés é comum entre traders iniciantes que confiam demais em sua intuição e acabam cometendo erros que comprometem seus lucros.

A influência das emoções nas decisões financeiras

A economia comportamental também nos ensina que as emoções desempenham um papel crucial na forma como lidamos com dinheiro. Na prática, algumas das principais influências emocionais incluem:

Medo e aversão à perda

O medo de perder dinheiro pode fazer com que um investidor venda seus ativos em momentos de queda, mesmo quando a estratégia de longo prazo indicaria que manter o investimento seria a melhor escolha. 

Esse comportamento impede muitos de alcançarem ganhos significativos ao longo do tempo.

Euforia e ganância

Em períodos de alta do mercado, é comum que as pessoas se deixem levar pela empolgação e invistam sem critérios, comprando ativos em preços elevados apenas porque todo mundo está comprando. 

Essa falta de planejamento pode levar a prejuízos quando o mercado corrige os valores inflacionados.

Como tomar decisões financeiras mais racionais

Apesar das influências emocionais e cognitivas, é possível adotar estratégias que ajudam a melhorar nossas decisões financeiras. Para isso, você pode seguir essas dicas:

• Crie um plano financeiro, definindo objetivos claros e um passo a passo para alcançá-los, pois isso reduz a influência das emoções nas decisões do dia a dia;
• Diversifique seus investimentos, reduzindo a exposição a um único ativo, o que minimiza riscos e evita decisões impulsivas baseadas em emoções momentâneas;
• Evite tomar decisões por impulso, isto é, sempre que sentir vontade de comprar ou vender um ativo rapidamente, reflita antes e busque informações adicionais;
• Utilize a regra das 24 horas para compras e investimentos não planejados, ou seja, aguarde pelo menos um dia antes de tomar uma decisão definitiva;
• Acompanhe suas finanças regularmente, monitorando gastos, investimentos e ganhos para realizar ajustes racionais na sua estratégia financeira.

A importância de entender sobre economia comportamental

Como você viu acima, a economia comportamental nos mostra que nossas decisões financeiras nem sempre são racionais. 

Afinal, vieses cognitivos e emoções podem influenciar a forma como gastamos, poupamos e investimos. 

No entanto, ao reconhecer esses fatores e aplicar estratégias para minimizá-los, podemos tomar decisões mais conscientes e inteligentes, garantindo maior estabilidade e crescimento financeiro ao longo do tempo.

Escrito por

Daniele Freitas