Refinanciamento de imóvel na planta: quando é vantajoso?

O refinanciamento de imóvel na planta pode parecer uma boa alternativa financeira. Mas você não tem certeza de quando essa operação faz sentido? Então, veja neste artigo os principais cenários em que usar esse modelo pode ajudar, além dos cuidados que vale considerar.

Como funciona o refinanciamento de imóvel na planta?

Quando uma unidade ainda está na planta, a construtora geralmente exige que você pague uma entrada e parcelas durante a obra. 

Somente após a entrega das chaves, você pode financiar o saldo devedor junto a um banco, caso não queira pagar à vista. 

Esse financiamento após a obra pode ser refinanciado se você já tiver quitado parte ou todo o valor antes.

No refinanciamento imobiliário clássico, o imóvel é usado como garantia do crédito, permitindo que você use parte do valor como empréstimo, geralmente com juros mais baixos e prazos mais longos, até 20 anos em alguns casos.

Enquanto isso, no caso de imóvel na planta, você pode optar por:

• Renegociar o saldo devedor após receber as chaves, se ainda não quitou o valor total;
• financiar a totalidade junto ao banco com taxas menores e prazos estendidos;
• ou refinanciar um financiamento já existente, se parte do imóvel já estiver quitado e for usado como garantia.

Vantagens do refinanciamento na planta

Sem dúvida alguma, o refinanciamento de um imóvel na planta possui algumas vantagens. Veja a seguir quais são elas:

• Taxas mais baixas e prazos estendidos: como o imóvel serve de garantia, os juros costumam ser menores que os de empréstimos pessoais e o prazo pode chegar a 30 anos;
• Uso flexível do dinheiro: após quitar o saldo devedor, você então pode usar o valor liberado para quitar outras dívidas ou investir em projetos pessoais;
• Facilidade para negativados: mesmo com restrições no CPF, é possível que o banco aprove uma linha de home equity, já que o risco é mitigado pela garantia do imóvel.

Cuidados importantes

Mesmo com diversas vantagens, esse tipo de financiamento exige alguns cuidados. Veja a seguir os principais riscos:

• Reajuste durante a construção: parcelas durante a obra são corrigidas pelo INCC, o que pode elevar consideravelmente o valor final do imóvel;
• Riscos da construtora: atrasos na entrega, falência ou mudanças no projeto original podem comprometer o planejamento financeiro do comprador;
• Liberdade limitada na portabilidade: ao contrário de imóvel pronto, não é possível transferir o financiamento entre bancos durante a fase de obra ou antes da assinatura do financiamento final;
• Risco de perder o imóvel: em caso de inadimplência no refinanciamento, o bem pode ser retomado judicialmente pela instituição credora.

Quando vale a pena considerar o refinanciamento de imóvel na planta?

O refinanciamento de imóvel na planta é uma opção vantajosa quando traz juros menores e maior flexibilidade, sobretudo, após quitar ou financiar o saldo devedor. 

Mas geralmente, ele é uma boa opção, por exemplo, quando você já quitou parte do imóvel, ou vai financiá-lo após a entrega das chaves e está em busca de condições mais favoráveis de crédito.

Além disso, quando você precisa de liquidez para quitar outras dívidas, reformar ou investir e pode usar o imóvel como garantia.

Está com dificuldade de aprovação de crédito sem garantia, mesmo sendo negativado e busca empréstimo com juros mais toleráveis.

Por fim, quando sua renda e orçamento permitem assumir parcelas longas e você quer reduzir o comprometimento mensal.

De qualquer modo, essa solução exige uma avaliação cuidadosa do impacto dos reajustes durante a construção e dos prazos que se estendem. 

Porém, se usada com estratégia e com uma base financeira sólida, pode ser uma ferramenta útil de crédito.

Escrito por

Daniele Freitas